sexta-feira, 8 de julho de 2016

Sanatório vai ser colocado à venda

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O problema do sanatório de Mozelos vai ser resolvido dentro de pouco tempo. Quem o garante é o presidente da Câmara de Paredes de Coura, que aponta para breve a resolução do problema causado pela indefinição da propriedade do imóvel. Depois será colocado à venda, mas a autarquia não acalenta grandes esperanças de que surja um investidor interessado.

A discussão em torno do estado actual, e futuro, do antigo sanatório de Mozelos foi um dos assuntos em destaque na última reunião da Assembleia Municipal de Paredes de Coura. A reunião, seguindo a tradição instituída por José Augusto Pacheco desde que tomou posse como presidente daquele órgão, foi feita fora dos Paços do Concelho, realizando-se, desta vez, na sede da Junta de Freguesia de Mozelos.

Não foi de estranhar, por isso, que na sua intervenção inicial, de boas vindas aos presentes, o autarca local, tenha questionado o presidente da Câmara sobre o actual estado de degradação do edifício que observa, sobranceiro, a freguesia e a sede do concelho. “Aquilo tem muito mato, há zonas em que está completamente tapado”, lembrou Manuel Nogueira, alertando ainda para o tempo quente que se avizinha. “Vem aí o calor, espero que não aconteça nada de grave”, avisou o presidente da Junta de Freguesia de Mozelos.

Um alerta que não passou ao lado de Vítor Paulo Pereira, o autarca courense, também ele em “casa”, sossegou o presidente de Mozelos no que respeita à limpeza da envolvente do edifício. Já quanto ao futuro do antigo sanatório, Vítor Paulo Pereira anunciou que a questão da indefinição em torno da propriedade do edifício, que vem de longe, “será resolvido brevemente”. O que, contudo, não significa que está encontrada uma solução para o imóvel.

“Não pensem que a Câmara vai ficar com o sanatório”, avisou o presidente da autarquia, lembrando que “a Câmara Municipal não percebe nada de hotelaria”. “Vocês vão saber quanto custa o sanatório e não vai custar muito dinheiro”, acrescentou ainda o edil courense, informando que o imóvel “será colocado à disposição de quem o quiser comprar”. “Depois se verá se aparecem os tais investidores”, atirou ainda Vítor Paulo Pereira, referindo-se a rumores que dariam conta do eventual interesse de um emigrante que quereria comprar o edifício e fazer “um grande empreendimento”.

Colocando os serviços da Câmara Municipal à disposição para procurar um investidor que pegue no antigo sanatório, o autarca alertou, contudo, para a dificuldade, “na conjuntura actual, de estruturar um projecto de turismo” para aquele espaço. “Não demorará muito tempo teremos uma solução para a Casa do Outeiro, mas para o sanatório não”, avisou ainda Vítor Paulo Pereira.

De referir que a polémica em torno da utilização do antigo sanatório já vem de há largos anos. Construído como sanatório para tratamento de doentes com tuberculose, acabaria, mais tarde, por ser convertido em hospital psiquiátrico, mas deixou de ter qualquer utilização em 2002. De então para cá vários foram os projectos para ali apontados, incluindo a sua transformação em hotel com campo de golfe. Projectos que, contudo, sempre esbarraram na indefinição em torno da propriedade do edifício.

1 comentário:

  1. Já tinha sido publicado no jornal local que o governo anterior tinha resolvido o caso da legitimidade do ministério titular das instalações do ex Sanatório de Mozelos. Cumprimento o presidente da Câmara ao de forma inequívoca ter afirmado que a CM não vai entrar na sua aquisição, muito bem para elefante brancos já a Câmara possuí muitos entre os quais a famigeradas casa do Outeiro, restaurante do Tabuão e o Restaurante junto largo da Câmara que foi explorado muito anos pelos irmãos Vilaças, agora encerrado e não esquecer o quartel velho dos Bombeiros.
    Mesmo assim consta-se que a CM entrou ou vai arrendar parte das instalações de acordo com protocolo efetuado com a Caixa Agrícola na nova obra que esta está a levar a efeito na vila.Se é verdade não se compreende a necessidade de mais instalações como encargo para o município o que se passa realmente?

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