sexta-feira, 29 de julho de 2016

Decisão irrevogável (2)

HELENA RAMOS

Depois do anúncio na comunicação social, a explicação da própria Helena Ramos, no Facebook, dos motivos que a levam a não estar na corrida à Câmara de Paredes de Coura.

Aprendemos com os erros.
Esta é a resposta para muitas das questões que inúmeros courenses, amigos e curiosos, se tem colocado face à notícia sobre a minha recente posição política.
Não sou a candidata. Não serei a representante do Partido Social Democrata para o concelho de Paredes de Coura! Não por não ter sido convidada. É importante que fique claro que esta decisão partiu inequivocamente da minha vontade. A atual concelhia eleita e da qual ainda sou vice-presidente soube sempre respeitar e reconhecer os que dedicam parte do seu tempo para a causa comum. Soube sempre valorizar aqueles que defenderam e defendem as cores e as ideologias políticas do PSD sem máculas e isentas de interesses. Pelo menos em todas as ações que eu conheço e reconheço terem partida desta concelhia.
Apesar da minha filiação recente, o PSD é o partido cuja ideologia me orienta desde a juventude. Mas acima de qualquer disciplina partidária a bandeira que eu ergo é a bandeira das minhas convicções, das minhas ações orientadas pelas diretrizes da ideologia política do PSD. Não sou manipulável, não sigo pessoas ou grupos de pessoas. Sigo apenas o trabalho em grupo e a participação ativa dentro dele. Quando assim deixa de ser, recuso-me a aceitar o que todos consideram ser inevitável. Defendo e defenderei sempre o que a minha razão me orientar a fazer. Corro sempre o risco de errar, é verdade! Mas quem não corre esse risco? Errar faz parte do ser humano.
Recordo uma frase que ouvi inúmeras vezes nos meus tempos de criança: “Aprendemos com os erros”… e foi o que me aconteceu… em inúmeras vezes… mas cresci corrigindo-os. Cresci bastante! Sou e quero continuar a ser dona do meu destino. Não danço a favor do vento nem das vontades alheias. São regras de ouro que me são características desde que me conheço. Não sou superior a ninguém muito menos sou insubstituível. Sou o que sou e ponto! Não serei candidata porque considero não ter o perfil necessário para assumir este desafio. Não por não me sentir preparada, nem por considerar não ter as competências para tal desafio. Não serei candidata porque a minha vida profissional e principalmente pessoal não mo permitem.
Não posso congelar o meu posto de trabalho. Não posso desviar a minha atenção do núcleo de família a que pertenço, principalmente quando ele mais precisa do meu tempo e da minha dedicação. Emito estes considerados porque e tendo em conta a minha eleição para a vereação (oposição) deste mandato, todos os courenses eleitores merecem esta explicação.
Meios como o nosso, estão repletos de criatividade e de maledicências. Fiz o que pude e a mais não sou obrigada. Sou uma pessoa racional e sou uma pessoa política. Sempre serei! Mas é necessário ter muita disponibilidade para assumir determinadas funções políticas. Principalmente quando se pretende a eficácia das nossas ações e das nossas decisões. Não consigo prever nem antever o meu futuro, mas no meu presente a conjuntura que me rodeia levou-me a decidir. Sendo que esta é a minha decisão. Não serei candidata.
Helena Ramos

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Bombeiros de Coura tornam quartel mais funcional

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A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paredes de Coura está a levar a cabo uma série de trabalhos nas suas instalações. A empreitada, que está a cargo dos próprios elementos do corpo activo, visa dar mais conforto aos voluntários daquela corporação e, ao mesmo tempo, tornar o quartel mais funcional.

A ideia, explicou o comandante dos Bombeiros Voluntários de Paredes de Coura, é “separar o ruído do silêncio”. Ou seja, fazer uma separação efectiva entre as áreas de repouso e as áreas de trabalho no quartel. Isto porque, com a actual disposição dos espaços, as duas zonas estão muito próximas e o barulho normal do funcionamento do quartel, não deixa os soldados da paz descansar quando necessário.

“Aproxima-se uma época muito desgastante e é muito importante permitir que os bombeiros descansem”, acrescenta Filipe Esteves. O comandante explica ainda que os trabalhos que estão a decorrer, todos feitos por elementos da corporação, prevêem que a parte operacional volte para a área mais antiga do quartel. Neste sentido, estão a fazer uma cozinha e uma sala de convívio e também uma nova central de comunicações.

Neste momento a sala de convívio está praticamente pronta e os trabalhos da nova central estão a decorrer a bom ritmo, faltando apenas as ligações. “O ideal era passarmos para lá durante a primeira quinzena de Agosto", refere ainda Filipe Esteves.

A somar a estas alterações na organização do quartel, acresce o facto de a corporação courense estar em vias de ver aumentado seu corpo activo. Os elementos da escola de estagiários estão a terminar o período probatório de três meses, obrigatório por lei, o que significa que dentro em breve existirão em Paredes de Coura mais duas dezenas de bombeiros formados.

Além disso a Associação Humanitária prevê reactivar, a breve prazo, a escolinha de cadetes e infantes, criada pela anterior direcção, há quatro anos, e que atraiu bastante crianças e jovens do concelho ao quartel. Reconhecendo que, em virtude de diversos factores, esse tem sido um assunto mais descurado, Filipe Esteves adianta que o tema voltou a estar em cima da mesa para ser desbloqueado.

Isso mesmo adiantou também Iolanda Pereira, presidente da associação, referindo que numa reunião de direcção tida há relativamente pouco tempo, foi decidido retomar o trabalho com os infantes e cadetes que já tinham iniciado o seu percurso junto dos bombeiros de Paredes de Coura. Além disso, vão ser feitas novas admissões para estes grupos, alargando o número de crianças e jovens envolvidos.

Refira-se, a propósito que, o assunto já tinha motivado queixas por parte de alguns pais das crianças envolvidas, que questionaram a actual direcção sobre este assunto, querendo saber se o projecto em que tinham inscrito os seus filhos iria ter continuidade ou se tinha simplesmente terminado.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Sanatório vai ser colocado à venda

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O problema do sanatório de Mozelos vai ser resolvido dentro de pouco tempo. Quem o garante é o presidente da Câmara de Paredes de Coura, que aponta para breve a resolução do problema causado pela indefinição da propriedade do imóvel. Depois será colocado à venda, mas a autarquia não acalenta grandes esperanças de que surja um investidor interessado.

A discussão em torno do estado actual, e futuro, do antigo sanatório de Mozelos foi um dos assuntos em destaque na última reunião da Assembleia Municipal de Paredes de Coura. A reunião, seguindo a tradição instituída por José Augusto Pacheco desde que tomou posse como presidente daquele órgão, foi feita fora dos Paços do Concelho, realizando-se, desta vez, na sede da Junta de Freguesia de Mozelos.

Não foi de estranhar, por isso, que na sua intervenção inicial, de boas vindas aos presentes, o autarca local, tenha questionado o presidente da Câmara sobre o actual estado de degradação do edifício que observa, sobranceiro, a freguesia e a sede do concelho. “Aquilo tem muito mato, há zonas em que está completamente tapado”, lembrou Manuel Nogueira, alertando ainda para o tempo quente que se avizinha. “Vem aí o calor, espero que não aconteça nada de grave”, avisou o presidente da Junta de Freguesia de Mozelos.

Um alerta que não passou ao lado de Vítor Paulo Pereira, o autarca courense, também ele em “casa”, sossegou o presidente de Mozelos no que respeita à limpeza da envolvente do edifício. Já quanto ao futuro do antigo sanatório, Vítor Paulo Pereira anunciou que a questão da indefinição em torno da propriedade do edifício, que vem de longe, “será resolvido brevemente”. O que, contudo, não significa que está encontrada uma solução para o imóvel.

“Não pensem que a Câmara vai ficar com o sanatório”, avisou o presidente da autarquia, lembrando que “a Câmara Municipal não percebe nada de hotelaria”. “Vocês vão saber quanto custa o sanatório e não vai custar muito dinheiro”, acrescentou ainda o edil courense, informando que o imóvel “será colocado à disposição de quem o quiser comprar”. “Depois se verá se aparecem os tais investidores”, atirou ainda Vítor Paulo Pereira, referindo-se a rumores que dariam conta do eventual interesse de um emigrante que quereria comprar o edifício e fazer “um grande empreendimento”.

Colocando os serviços da Câmara Municipal à disposição para procurar um investidor que pegue no antigo sanatório, o autarca alertou, contudo, para a dificuldade, “na conjuntura actual, de estruturar um projecto de turismo” para aquele espaço. “Não demorará muito tempo teremos uma solução para a Casa do Outeiro, mas para o sanatório não”, avisou ainda Vítor Paulo Pereira.

De referir que a polémica em torno da utilização do antigo sanatório já vem de há largos anos. Construído como sanatório para tratamento de doentes com tuberculose, acabaria, mais tarde, por ser convertido em hospital psiquiátrico, mas deixou de ter qualquer utilização em 2002. De então para cá vários foram os projectos para ali apontados, incluindo a sua transformação em hotel com campo de golfe. Projectos que, contudo, sempre esbarraram na indefinição em torno da propriedade do edifício.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Bermas por limpar motivam queixas à Câmara

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A necessidade de limpeza nas bermas da EN303 foi um dos assuntos em discussão na última Assembleia Municipal de Paredes de Coura. Tanto José Augusto Caldas, do PSD, como Eduardo Daniel Cerqueira, do PS, chamaram a atenção para a necessidade de serem limpas as bermas da EN3030, no troço entre a vila e Cossourado, especialmente concorrido nesta altura do ano em que se assinalam as festividades em honra de S. Bento da Porta Aberta.

Todos os dias, à medida que se aproxima a data da festa, que decorre no próximo fim de semana, o número de peregrinos aumenta e nas zonas em que não existem passeios a acompanhar a via, o mato cresce a olhos vistos, obrigando os caminhantes a invadir a faixa de rodagem. “Alguns pontos são muito perigosos”, alertou o representante do Partido Socialista.

Refira-se que o assunto da limpeza das bermas das estradas nacionais já foi discutido noutras ocasiões, na Assembleia Municipal. Inclusivamente, no ano passado aquele órgão chegou mesmo a enviar uma reclamação escrita às Estradas de Portugal alertando para a necessidade de ser feita a referida limpeza.

Na resposta aos dois deputados municipais, Vítor Paulo Pereira lembrou que a falta de passeios em alguns troços da EN303, na ligação entre S. Bento e a vila, “já é uma questão antiga e não podemos prometer quando vamos resolver”. Apesar disso, o autarca reconheceu a importância do pedido e informou que “quando houver viabilidade financeira, é uma obra oportuna a considerar”.

Mas as críticas de José Augusto Caldas estenderam-se também ao mau estado de conservação dos espaços ajardinados geridos pelo município e à necessidade de algumas árvores existentes na vila terem de ser aparadas. O presidente da Câmara Municipal, não negando as situações, lembrou que a autarquia “não tem funcionários para acudir a todo o lado”.